sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O NONO MÊS

Devagarinho, sem eu perceber
Os dias vão mingando, vão morrendo,
O sol de aquecer vai-se esquecendo
Em breve amanhecerá a chover.

As árvores suas folhas vão perdendo,
É cinza o céu, de nuvens carregado,
É triste o dia que já nasce amargurado
E tudo vai, dentro de mim, adormecendo.

Quero saltar o nono mês, quero fugir…
Quero acordar amanhã e ser dezembro!
Fica, verão, ou guarda bem o meu sorrir…

Mês de ansiedades, não, não queiras vir!
Trazes tristeza e nostalgia, como te entendo!
Se já fui feliz contigo eu não me lembro.

Paula Loureiro

3 comentários:

  1. Muito bonito, mas carregado de tristeza. Anima-te, pode ser que este nono mês seja diferente dos outros passados.Pensa nas coisas boas que te aconteceram nos meses passados e faz com que a alegria consiga asfixiar a tristeza.Bom recomeço.

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    1. Obrigada, Quim! É isso mesmo que vou fazer!
      Além disso, recomeçar também tem aspetos positivos... há sempre a esperança de que desta vez vai ser perfeito... ou quase!!!

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  2. Eu adoro este poema e a doce melancolia que nele está patente! Lindo mesmooooo;)))

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