Rasga, amor, as cartas que te escrevi
E que selei com beijos de saudade!
E se algum dia as leste de verdade
Apaga da memória as frases que fixaste.
São cartas que imploram, rogam água
Que mate a minha sede de carinho.
Não vou mais escrevê-las, estou cansada
De ser como um pedinte pobrezinho.
Nessas cartas que eu bem sei não entendeste
E numa gaveta guardaste e esqueceste,
A minha alma e coração, um livro aberto!
Nas entrelinhas tanta coisa por dizer,
Emoções caladas que não soubeste ler.
Cartas vãs, folhas soltas num deserto…
Ana Lee
"Tanta coisa a dizer" sobre este soneto incrível e eu aqui sem palavras...
ResponderEliminarMargarida
ResponderEliminarDe tudo o que já escrevi este é, talvez, mesmo o meu preferido!
Sei-o de cor...
Ficar sem palavras é uma reação incrível!!!
Obrigada!