A meio da praia olho para trás
Olho e vejo a vida, o que já passou,
Grande tela verde, rosa e lilás…
A meio da praia fico com saudades
De tudo o que fiz, do que fui capaz…
E velo mil quadros de vida tingidos;
Contemplo o passado que o vento levou!
Pessoas, momentos de tons coloridos…
A meio da praia consigo ver tudo:
Noites cinzentas e dias garridos.
E fico parada e quase nem vejo.
A voz embargada, água no olhar…
Um nó na garganta acende o desejo
De andar para trás, de algo procurar.
Mas o vento sopra em direção ao mar…
A meio da praia em frente, a avançar,
Só o oceano e o céu que se beijam!
Uma tela imensa para eu pintar…
Mas que cores, que formas hei de misturar?...
Tanta coisa cabe dentro deste mar…
Paro novamente à beira da água.
Seguro no peito o coração e a alma,
O medo é imenso, vem com a solidão.
Olho para trás, já não vejo nada…
Tenho de ir em frente. Quem me dá a mão?...
Adorei. Realmente tu escreves como uma verdadeira poetisa. Muitos parabéns, eu bem digo que n chego nem aos calcanhares. Ao ler este poema até parece que nós mesmos estamos na prai, a ver o mar, a sentir a brisa.
ResponderEliminarMuito lindo mesmo.
Obrigada, Quim!
ResponderEliminarVai passando por cá!E vai escrevendo umas coisas também! Cada um tem o seu estilo, não há comparações nestas coisas!!!E há quem goste e quem não goste... e é mesmo assim!
Este poema é, sem dúvida, um dos meus preferidos!
ResponderEliminar