Poema Origami
Dobrei em quatro o papel
onde te escrevi o primeiro verso.
Mais tarde, uma quadra, em forma de chapéu.
Seguiu-se um barco de estrofes soltas,
perdidas, num olhar teu.
Quando te fiz um soneto dobrei-o num avião,
que colei no teu sorriso, desejando-o meu.
No dia em que tu fores embora,
ficará em mim um pequeno grande vazio…
E eu vou desejar ter sabido dobrar este papel
em forma de automóvel,
pois por cá não há mares nem rios pra navegar.
E se viesses de avião
passarias rápido demais pra eu te contar
sobre o pequeno grande vazio que ficou
quando foste embora.
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