Poemas meus e poemas de outros… Músicas… Partilha com aqueles que, como eu, têm um coração com asas… asas de letras, asas de versos ou asas de sons, que nos levam para longe ou para dentro de nós mesmos…
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Alone - Edgar Allan Poe
ALONE/Só
Desde a infância eu tenho sido
Diferente d'outros – tenho visto
D'outro modo – minhas paixões
Tinham uma outra fonte e
Minhas mágoas outra origem -
No mesmo tom não despertava
O meu coração para a alegria -
O que amei – eu amei só.
Então – na infância – a aurora
Da vida atormentada – estava
Em cada nicho de bem e mal
O mistério que me prendia -
Da correnteza, da fonte -
Da escarpas rubras do monte -
Do sol que me rodeava
Em pleno outono dourado -
Do relâmpago nos céus
Quando sobre mim passava -
Do trovão, da tormenta -
E a nuvem tem a forma
(Quando o resto do céu é azul)
D'um demônio aos meus olhos.
Edgar Allan Poe
Desde a infância eu tenho sido
Diferente d'outros – tenho visto
D'outro modo – minhas paixões
Tinham uma outra fonte e
Minhas mágoas outra origem -
No mesmo tom não despertava
O meu coração para a alegria -
O que amei – eu amei só.
Então – na infância – a aurora
Da vida atormentada – estava
Em cada nicho de bem e mal
O mistério que me prendia -
Da correnteza, da fonte -
Da escarpas rubras do monte -
Do sol que me rodeava
Em pleno outono dourado -
Do relâmpago nos céus
Quando sobre mim passava -
Do trovão, da tormenta -
E a nuvem tem a forma
(Quando o resto do céu é azul)
D'um demônio aos meus olhos.
Edgar Allan Poe
Edgar Allan Poe - Citações
“ Quando um louco parece completamente lúcido é o momento de colocar-lhe a camisa de força”.
“I became insane with long intervals of horrible sanity”.
“Aqueles que sonham acordados têm consciência de mil coisas que escapam aos que apenas sonham adormecidos”.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Tears in Heaven - Eric Clapton
Faz hoje, precisamente, meio ano a minha colega e amiga Leonor telefonava-me, a meio do dia, para dar a triste notícia da morte do José Couto, um ex-aluno nosso. Ontem foi ela que nos deixou... após poucos dias de uma doença galopante que a todos apanhou desprevenidos.
Adeus Leonor e onde quer que estejas "agita", como fazias por aqui. Vamos mesmo sentir a tua falta.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Annabel Lee
Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demónios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.
Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demónios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.
Edgar Allan Poe
domingo, 19 de maio de 2013
sábado, 18 de maio de 2013
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Já poeta não sou...
Ultimamente o meu blogue tem sido mais músicas que "letras". Apesar das letras das canções que tenho aqui deixado serem, na minha opinião, lindas. Mas, têm faltado as "minhas" letras.
Na verdade ninguém se queixou! Sou mesmo eu que me sinto em falta... tenho escrito, mas não poesia.
Esta situação fez-me lembrar um poema que fiz há muitos anos. Vou deixá-lo aqui tal e qual o escrevi na época (1992), apesar de me ter apetecido melhorá-lo um pouco. Fica para outra altura!
Na verdade ninguém se queixou! Sou mesmo eu que me sinto em falta... tenho escrito, mas não poesia.
Esta situação fez-me lembrar um poema que fiz há muitos anos. Vou deixá-lo aqui tal e qual o escrevi na época (1992), apesar de me ter apetecido melhorá-lo um pouco. Fica para outra altura!
“JÁ POETA NÃO SOU”
Já não sei fazer rimas como outrora
Já esqueço essas palavras de poesia
Não há motivo algum em cada hora
Que mereça ser escrito ao fim do dia
Sufoco sem janelas e sem asas
Respiro letras entre livros sufocadas
Quero gritar mas escasseiam as palavras
Quero sair por essas portas já fechadas
Já de amor não faço mais poemas
Já me esqueço que o sono é pra sonhar
E todas as ilusões são tão pequenas
Que não merecem ser escritas a rimar
Já não sou poeta, já não choro
Finjo ser feliz em cada dia
E todo o romantismo que eu adoro
Dá lugar a esta falsa euforia
Já não sei fazer versos e canções
Já não penso em ninguém ao acordar
Tenho saudades de escutar dois corações
A baterem no meu peito para a par…
Paula Santos Loureiro
10 de fev de 1992
quarta-feira, 8 de maio de 2013
domingo, 5 de maio de 2013
sábado, 4 de maio de 2013
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Pensar, pensar, pensar...
"Penso, logo existo."
Penso, logo exausto.
Há dias em que me sinto exausta de existir. Preferia viver.
De preferência sem pensar.
Paula Loureiro
Penso, logo exausto.
Há dias em que me sinto exausta de existir. Preferia viver.
De preferência sem pensar.
Paula Loureiro
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